PESAR, ANO 1, N. 8, AGO, 2024 Então, já é agosto. E como sempre dizemos: "o ano voou!". Será mesmo que o tempo está passando mais rápido como percebemos ou esta sensação, se dá em virtude da nossa consciência estar focada no que é passageiro, ao invés de estar centrada naquilo que é atemporal?  Há ainda a possibilidade de não estarmos vivendo no presente, ou seja, de vivermos tudo, ou quase tudo, emocional e mentalmente desdobrados, o que nos levaria a esta sensação de que tudo passa rapidamente.  Estamos começando esta nossa reflexão com bastante profundidade. Mas antes de prosseguirmos, vale lembrar que no PESAR anterior, nos comprometemos a falar sobre os "alimentos" tóxicos que damos ao nosso corpo emocional, de forma que a reflexão sobre a nossa percepção temporal, ficará para um próximo número.  Como vocês já sabem, eu, a exemplo dos meus mestres acropolitanos, gosto de expor a etimologia de algumas palavras ou conceitos. Neste sentido, "agosto" é um...

  (Opus III) ( Repórter ) - Estamos aqui, em frente a esta importante escola, que é um dos colégios mais tradicionais aqui da nossa cidade! Vale lembrar que ele pertence a uma ilustre família, com vasta tradição educacional. Não obstante, é uma das escolas com os maiores índices de aprovação e de aprendizagem do nosso Estado, certamente a melhor opção para a educação de seu filho. Hoje, nosso destaque vai para o Programa "Cidadão Mirim", desenvolvido por esta escola, que é, sem dúvida alguma, a melhor opção para uma educação de sucesso, cujo objetivo é levar as mais importantes lições de cidadania e política para o seu alunado. Estamos aqui com o Igor que acabou de participar do Programa. Igor fala para o nosso telespectador, o que você acha sobre a renovação da esperança do povo que as eleições possibilitam: ( Igor ) - Uma perda de tempo! ( Repórter ) - Como assim… perda de tempo?! ( Igor ) - É… isso mesmo, uma perda de tempo! ( Repórter ) - Mas você acabou de participar d o...

Quando eu entrei na sala de estar, ao chegar de um dia muito "intenso" no trabalho, vi a pequena Aurora acompanhada de Noah, o irmão mais velho, brincando. Fiquei confusa com aquela cena: Aurora havia enfaixado o globo terrestre, colocado na faixa um termômetro e fazia, cuidadosamente, nele, uma injeção, auscultando-lhe o "coração".  - Oie! Do que você está brincando?! Conta pra mamãe! - De médica! - E quem está tratando? - O planeta, mamãe! - Oh... E, ele está dodói por quê? - Falta de hu-ma-ni-da-de, mamãe!

Uma crônica de Cao Benassi Com um certo atraso, finalmente esta crônica sai do mundo das ideias. O atraso para a produção desse meu tipo de texto - que é como menstruação ou como o mensalão do PT ( Partido do Trambique ), que acontece uma vez por mês - se deu por dois fatores, sendo o primeiro, a influência que a greve geral dos servidores das universidades e institutos federais teve sob a produção da crônica anterior e o segundo, o diagnóstico da Síndrome do Túnel do Carpo (STC) que tive. Em virtude do acometimento dessa doença, que tem me causado muitas dores - não bastasse a Artrite Reumatóide (AR) - suspendi a continuação dos meus projetos de escrita literária, sendo os mais afetados, as duas "novelas" "Temporada de Caça" e "Condenado: Deus, a igreja e eu", os dois "romances" "Kungannabila" e "O evangelho de Genésio" e vários contos que também estão parados. Se você, caro leitor, leu as minhas duas crônicas anteriores, v...

 Opus III - Mestre, na vida, podemos saber tudo o que há para saber? - Sobre isso, um antigo sábio disse: "o que sabemos é uma gota, o que não sabemos é um oceano"! - Compreendi, mestre! Aquilo que sabemos da existência, é muito pequeno mediante a grandeza de tudo que há para saber... "só sei que nada sei", n'é mestre?! Por falar em existência, já foi dito antes, para nos apaixonarmos pela existência. O que o senhor tem a dizer sobre isso? - Se apaixonar pela existência, é colocar sobre os olhos da alma, mais um véu, pois a paixão é uma emoção, talvez a mais intensa delas. Ela (a paixão) provoca uma perturbação na psique humana, distorcendo a realidade... Lembre-se do significado do episódio da colher que entorta nas mãos do manipulador... não há colher, ou seja, não há realidade, mas uma percepção falseada dela pelos nossos desejos.  - O que nos aconselha para não desenvolvê-la? - A partir de uma reflexão centrada na realidade, desenvolver amor pelo ser real.  

 

 

 

 

 

Igor se aproximou do pai, com olhos de menino pidão. O pai, já sabia que vinha pergunta e para fomentar a curiosidade do filho, vai logo lhe perguntando: - Diga, qual vocábulo você quer angariar desta vez? Placidamente, o menino responde: "mendacioso". O pai, após um breve silêncio explica ao atento filho, que mendacioso é um adjetivo usado para qualificar pessoas que faltam com a verdade. Igor, por sua vez,  sem tergiversar, interpela o pai: - Aplicação numa frase por favor?! Novamente, o pai fica em silêncio, enquanto organiza as ideias para satisfazer a curiosidade do pequeno-grande aprendiz, e enuncia: - O ministro... aquele cujo nome não se pode pronunciar, quando diz que suas ações são para "salvar a democracia", falta com a verdade, pois elas (as ações) não correspondem a isso, logo, ele é um mendacioso! 

 

 

 

 

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 Vídeo em resposta a um comentador desavisado que quis interpor à filosofia, com teologia de púlpito, de forma autoritária, como fazem a maioria dos crentes (que crê em alguma coisa, não necessariamente, evangélico). 

  NADA É PERFEITO O pavão, diziam as demais aves do galinheiro, foi abençoado pela natureza. Alheias ao que se passava com o bonito, lindo, atraente, encantador, formoso, airoso, elegante, donairoso, harmonioso, gracioso, jeitoso, venusto, bem-feito, bem-acabado, bem-proporcionado, catita, caprichado membro galinhado daquele galinheiro. A bico miúdo, corria o diz-que-me-disse que o apolíneo pavinácio, viva-da-beleza e era assim metido, pois contara com a generosidade da mãe natureza, algo que não era uma recíproca para todo o galinhado. Mal sabiam, as aves do galinheiro, que quando estava só, o perfeito pavinácio, ao olhar o próprio pé, chorava! Cao Benassi SABEDORIA (Opus II) Mestre, em sua concepção, existe perfeição na manifestação? Sim e não, já que tudo que faz parte da manifestação, é dual! Mestre, o senhor poderia ser menos sintético? Sim claro. A manifestação se processa a partir da dualidade. Neste sentido, tudo o que é manifestado, o é por apresentar uma dualidade. O man...

Temporada de caça é uma novela que expõe e, de certa forma, denuncia a violência verbal e a toxicidade ambiental psíquica, as quais homens homoafetivos são expostos em  apps  de relacionamento e encontros gays. Na narrativa, Léo (Fernando) um funcionário público, de 41 anos, caseiro e bastante discreto, em virtude de sua timidez, conhece um  app  de chat gay e prefere buscar nele, relacionamentos sexuais, a conhecer e dominar sua timidez, com isso, se submete a violência verbal e psíquica que acontece nas interações no  app .  Ao longo dos dez "dias de caça" - como são intituladas as partes da obra, Léo experimenta até a violência física, ainda assim, como a lotus, que cresce em meio à podridão e não se contamina com ela, florescendo acima da lama pútrida, exposto à violências verbais, incompreensão, ataques (e até à violência física), entende o fluxo do universo para sua vida e começa a conhecer sua própria timidez. O processo culmina num encontro que muda...