PÁ-DE-PALAVRA

 

No blog, pretendo publicar textos que talvez poderiam ser considerados contos e poemas (ou não), para que eu os preserve de eventuais perdas. 

Em 2017, em virtude de um desafio proposto por minha orientadora de doutorado, professora Simone de Jesus Padilha,  a nós, seus orientandos, que consistia na apresentação de conceitos fundantes do pensamento bakhtiniano, nos encontros do Grupo de Pesquisa Relendo Bakhtin (REBAK), por ela coordenado, do qual faço parte. Decidi escrever um texto, uma espécie de "conto" para falar sobre o conceito de "signo ideológico". 

Assim surgiu o texto "Conversa bakhtiniana de cozinha". Seguiu-se da produção de um outro texto, cujo nome não me lembro mais. Isso porquê, em virtude de uma pane no HD de meu notebook, hoje (dia 20 de abril de 2024), me dei conta de que este texto foi um dos arquivos que não consegui recuperar, com um outro que era uma coletânea de poemas. 

Bem, a coletânea de poemas está perdida, julgo impossível recuperar, talvez eu consiga reescrever um ou outro poema. Mas o texto, que foi o segundo que produzi, de alguma forma, em algum momento, reescreverei. Apesar de não tê-lo concluído quando o apresentei, a professora Simone disse que ele poderia ser transformado num filme. 

Recordo-me do enredo, trata-se de um senhor, um sobrevivente de mais de 120 anos, mantido pela aplicação de pesados medicamentos, que não se encaixa no novo modo de vida, um tipo de "novo normal", tendo em vista um cataclisma que aconteceu no planeta: em 2017, previ o novo normal e um mundo de "palavras" (discursos) proíbidos, que, de certa forma, se tornaria realidade em 2020, com a pandemia. 

Nessa pane, um outro texto muito importante para mim, foi perdido. Trata-se de uma narrativa intitulada "Mil pontos e outros contos", que também pretendo reescrever. É óbvio que nenhuma das duas obras serão como eram inicialmente (idênticas), no entanto, isso não será um impeditivo para retomá-las. Quanto aos poemas, faz algum tempo que não escrevo, como também, desde 2020, não tenho composto (músicas). Mas esse quadro mudará ainda este ano. 

Tenho planos de escrever uma suíte para flauta doce contralto, violoncelo, flugelhorn e violão (ou só para flauta doce e violão), contendo 4 danças: 1 - chorinho, 2 - baião, 3 - forró e 4 - guarânia. Para um "pá de palavra", intenciono escrever dois poemas e um conto epistolar (talvez um texto um pouco maior do que aqueles que já produzi). 

Não me considero um poeta. Apesar de ter escrito abaixo de cada texto "Um poema de Cao Benassi".  Não julgo o que escrevo arte, como tambem não vou me julgar um artista, mesmo tendo formação em música. Sou mais um artesão que brinca de desmontar a língua, os discursos, as palavras, para depois tentar montar novamente, além de brincar um pouco com os sons. 

Sei que no mundo das letras literárias, para a gente ser notado, tem que algum totem consagrado dizer que nossas feituras palavrísticas têm algum valor estético. Não me preocupo com isso e a maior prova, é que não dei a mínima para um poste no Facebook feito por uma professora que é muito querida por mim e referência na questão, (na época eu ainda chafurdava na lama dessa rede). No poste, ela  qualificou minha produção como "poemetos fajutos˜. 

Pois! Que sejam! Essa opinião teve tanto impacto na minha vida, que em 2020, publiquei minha primeira coletânea de poemas fajutos, alguns deles escritos propositalmente com palavras grafadas "erradas", como por exemplo, "expeça" e "pussilânimes", talvez, uma forma de trangressão ao frio mundo das letras ou de dar mesmo o dedo do meio para os totens consagrados (me perdoem a vulgaridade).  

O motivo de publicar esses poemas fajutos aqui, é assegurar que na próxima pane de algum computador meu, eu não perda alguma produção, já em vias de organização para publicação, como foi a de 2018 a 2020: só ficou um poema (fajuto), isso porque, quando a editora me pediu um texto para a contracapa da minha primeira coletânea, por falta de tempo para escrever, o enviei. 


Boa leitura 
Cao Benassi em "Pá-de-Palavra"


Alguns projetos


Compostos e não publicados

*Tempo de oportunidades (conto bilíngue - português/Libras) 

Em composição:

*Temporada de caça

*Condenado 

*E-mails para Carlina Mortezi 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

SINOP, CONAELL, ORIENTAÇÃO E A MORDIDA DA CADELA

CONVERSA FIADA

PESAR, ANO 1, N. 09, SET. 2024