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Mostrando postagens com o rótulo Reflexões do Cao Benassi

PESAR, N. 20, AGO. 2025

  PESAR, ANO 2, N. 20, AGO. 2025 Nos números anteriores da nossa série de textos filosóficos PESAR, discorremos sobre o tempo e como o ser humano, desde muito tempo, o desperdiça por falta de consciência e de autoconhecimento. Especificamente, no número 19, referente ao mês de junho, refletimos como a Internet e as redes sociais, de ferramentas que formam e informam, podem se tornar distrações que além de roubar nosso tempo, pode destruir nossa vida, seja por arrastar nossa consciência para baixo, seja por se tornar um vício de difícil percepção e combate.    No presente número, a nossa reflexão será voltada para uma debilidade muito conhecida por todos nós, quer por sermos alvos dela, quer pela prática, embora quem a pratica dificilmente a assume. Trata-se da fofoca, que em sua essência, brota de uma mente ociosa e, consequentemente, de uma curiosidade distorcida pelo banal. Ela se alimenta do vazio deixado pela falta de um propósito de vida mais elevado, preenchend...

PESAR, JULHO DE 2025

  PESAR, ANO 2, N. 19, JUL. 2025 Estamos no sétimo mês do ano de dois mil e vinte e cinco e esse, já é o décimo nono número da série de textos filosóficos PESAR. Como todos já sabem, nosso tema é foco e interesse, que são, basicamente, o ponto para o qual converge nossa atenção e o estado de espírito que se tem para com aquilo que se acha digno de atenção. No nosso número anterior, discorremos sobre o perigo de se desperdiçar o tempo de vida que temos. Parece não ser tão importante, mas um único dia vivido sem propósito, na economia da vida, jamais poderá ser recuperado.  Como foi afirmado no número 18 da série PESAR, a expectativa de vida do brasileiro, é em média, setenta e seis anos. Convertendo esse total para dias, nós teríamos aproximadamente, um total de vinte e sete mil, setecentos e quarenta dias. Com base nisso, peço a você, querido leitor, que faça o seguinte exercício de imaginação: substitua os dias da expectativa de vida do brasileiro pela nossa moeda. Imagine qu...

O CONSCIENTE, A ANESTESIA E A REVELAÇÃO DO INCONSCIENTE EM UM ÚNICO DIA

  Uma crônica de Cao Benassi Vivendo num país, que igual a muitos outros, privilegia a torpeza, a debilidade e a imoralidade, no qual o porco é lavado, perfumado, enfeitado e colocado no palácio, crendo que o tal suinídeo iria virar um rei, o que se testemunha, é a transformação do palácio num chiqueiro.  Infelizmente, todo mundo já sentiu o mal cheiro das cagadas do ronca-e-fuça, porém poucos são os que admitem que acreditar na farsa cuidadosamente elaborada pelo reizinho mandão, delicadamente intitulado “O-ovo-que-tudo-vê”, e seus outros 10 comparsas, a maioria preferem fazer a egípcia e dizer que o fedor exalado do chiqueirácio (mistura de chiqueiro com palácio, no qual se espoja o cachaço-grulhador), é o mais fino eou de toilette.  A lama de odor mal cheiroso se espalha por todo lado. Por onde se anda, não há ou quase não há, lugar que a pútrido chorume não tenha chegado. Economia não há: a cada dia, um novo aumento de impostos, que não cobre a gastança desenfreada. A...

PESAR, JUNHO DE 2025

PESAR, ANO 2, N. 18, JUN. 2025 No número 17 da série PESAR, nós refletimos sobre o tempo e vimos que desde tempos remotos, o homem tem essa noção de escassez do tempo, noção que vivenciamos em nossos dias. De fato, esse é um dilema da alma humana, que nos acompanha desde tempos imemoriais. Ao longo do tempo, as preocupações em relação a ele mudaram, no entanto, continuamos com a mesma sensação, ou seja, que não temos tempo suficiente para realizar tudo o que é necessário. Numa primeira análise, parece-nos que nós não dispomos de todo o tempo que precisamos para viver e realizar. Porém, se nós nos detivermos no tema e o analisarmos mais profundamente, vamos chegar a conclusão de que nós não sabemos nada sobre o tempo que temos. Essa é uma afirmação que pode nos trazer um certo desconforto, mas a verdade é que nós somos arrastados pelo tempo sem que desenvolvamos nenhuma consciência sobre ele.  Não é possível para nós desenvolver a consciência sobre o tempo que temos, se nós não para...

DOR COME: UMA CRÔNICA DA DOR

  (Tomada 3 - De uma vez por todas) Uma crônica de Cao Benassi Atualmente - Olá, Cao! - Me deixa! - Uai, pensei que o aperto de saudade que você deu na sua flauta hoje, tinha resolvido o seu banzo?! - Quem dera fosse fácil assim… - Ah, Cao… não gosto quando você perde o brilho! Não gosto quando você economiza no verbo!  - Fazer o que, né?! - Ah… prefiro quando você fica reclamudo de nós, as suas dores preferidas… e antes que você queira negar, você era bem mais legal quando não investia seu tempo nela! - É, você tem razão! - Sim, eu tenho! Sabe, Cao, às vezes, todas nós deixamos você macambúzio, mas de todas nós, ela é a única que te pega de jeito, hein?! Estou com pena de você, menino! Há alguma coisa que eu possa fazer por você? - Não! - Nada?! - Hum-hum! - Nadica de nada?! - (Aceno com a cabeça, negativamente) - E o salto tandem, me conta! - Não! - Vai, Cao! Coloca pra fora! Isso vai te ajudar! Zera essa história, quem sabe é uma forma de você acabar com ela, de uma vez por...

PESAR, ANO 2, N. 17, MAI. 2025

Já estamos no quinto mês do ano. O tempo parece que voa, não é mesmo?! E sempre fica uma sensação de que ele passa rápido demais! Uma sensação de que o tempo é pouco para tantas demandas! Uma sensação de que o tempo que temos não é suficiente, nem para as coisas do corpo, tampouco para as coisas da alma. Será que esta sensação é verdadeira ou é somente uma percepção distorcida de nossa mente? Embora não percebamos, a nossa percepção do tempo está, sim, influenciada pela nossa mente. Os nossos desejos são os responsáveis por essa distorção que nos faz ter a sensação de que o nosso tempo é pouco para tantas coisas que temos para fazer. No entanto, se nós estivéssemos presentes em cada momento que vivemos, bastaria apenas uma vida para nós realizarmos em plenitude a natureza humana! Será que é somente nós que temos essa percepção errada do tempo? Será que os nossos antepassados também ficavam com essa mesma sensação que nós temos, sempre que se aproxima o início de um novo mês ou que se a...