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Mostrando postagens com o rótulo Contículo

CONTEXTO - OPUS VI

ROUBO  Aquela noite estava muito quente, mesmo assim, fui procurar algo para comer. Entrei num bar, pedi um martini e um frango a passarinho. O drink foi entregue, mas a porção, não. Depois de muito esperar, pedi a conta e fui embora. Ao passar pela feira, resolvi comprar um caldo de costela com mandioca e enquanto esperava, vi um político rodeado de seus asseclas, espreitando e abordando suas vítimas, como um abutre sobre a carniça. Eu pedi ao Pai Oxalá para eles que não viessem falar comigo, mas: - Olá! Posso falar com o senhor? - Não! - Por que, o senhor não quer ouvir a nossa proposta: já tem candidato? - Não... é porquê não voto! - Por que, não?! O senhor não acredita na força do voto, na renovação e na representação popular… a mudança é possível por meio da melhor escolha! Temos uma proposta inovadora, quer ouvi-la? - Não! Tudo isso é uma perda de tempo! Ademais, suas mentiras não compram a minha esperança!    Um contículo de Cao Benassi

PESAR, ANO 1, N. 09, SET. 2024

PESAR, ANO 1, N. 09, SET., 2024 Setembro é o nono mês do ano, no calendário gregoriano. A palavra setembro vem de "septem", do latim que significa sete.  Agora você querido leitor deve estar se perguntando: "como assim sete… se setembro é o nono mês do ano?"  Calma que eu explico. No antigo calendário romano, o ano tinha 10 meses, começava em março e ia até dezembro, sendo que os meses de setembro à dezembro, seguiam a lógica numeral. Assim, setembro ocupava a sétima posição, sendo, portanto, o sétimo mês do ano, por isso, "septem".  Esse antigo calendário foi alterado por Numa Pompílio e mais tarde, também foi alterado por Júlio César, sendo que o nome foi mantido. Porém as alterações fizeram com que o mês passasse para a nona posição.  Agora que já sabemos de onde veio o nome setembro, podemos voltar ao nosso assunto "emoções e resistência". Já que vamos falar de emoções e como já falamos anteriormente, que as emoções nos dominam, vou pedir que...

CONTEXTO (Opus IV)

GESTANDO MUNDOS - Oi querido, está tudo bem? - Na verdade, não está! - É... seu rostinho diz isso! O que está acontecendo? Quer falar... Talvez eu possa fazer algo por você! - Já está fazendo ao se interessar... - Sim, querido... Pode contar comigo sempre! - Gratidão! Eu estou muito cansado! - Compreendo! Muito trabalho, não é mesmo?! - Sim! Além disso, carrego o peso dos muitos mundos que existem dentro de mim, e que por causa da sobrecarga de trabalho, não consigo dá-los à luz!

CRONOGRAMA

CRONOGRAMA DE PUBLICAÇÕES  A partir de 10/2024 Primeira semana do mês:  1) Crônica da minha vida ou crônica do cotidiano 2) Contículo  Segunda semana do mês:  1) Poema  2) Contículo Terceira semana do mês:  1) Cronicazinha  2) Contículo Quarta semana do mês:  1) Texto filosófico da série PESAR 2) Contículo ou poema Publicações eventuais: Contos Crônicas Capítulos ou partes de novelas Capítulos de romance

DOIS CONTÍCULOS

  NADA É PERFEITO O pavão, diziam as demais aves do galinheiro, foi abençoado pela natureza. Alheias ao que se passava com o bonito, lindo, atraente, encantador, formoso, airoso, elegante, donairoso, harmonioso, gracioso, jeitoso, venusto, bem-feito, bem-acabado, bem-proporcionado, catita, caprichado membro galinhado daquele galinheiro. A bico miúdo, corria o diz-que-me-disse que o apolíneo pavinácio, viva-da-beleza e era assim metido, pois contara com a generosidade da mãe natureza, algo que não era uma recíproca para todo o galinhado. Mal sabiam, as aves do galinheiro, que quando estava só, o perfeito pavinácio, ao olhar o próprio pé, chorava! Cao Benassi SABEDORIA (Opus II) Mestre, em sua concepção, existe perfeição na manifestação? Sim e não, já que tudo que faz parte da manifestação, é dual! Mestre, o senhor poderia ser menos sintético? Sim claro. A manifestação se processa a partir da dualidade. Neste sentido, tudo o que é manifestado, o é por apresentar uma dualidade. O man...

AUTO-AJUDA

Opus I Três dicas infalíveis para se dar "bem" na vida Dica 1) Para você que está com aqueles pataquinhos suados... guardados as duras penas, depois de economizar no pão do café da manhã e de aumentar o consumo de farinhas, tais como, farinha de milho, o nosso maravilhoso fubá, farinha de mandioca, além de ter substituído as carnes (incluo aqui o frango que é carne também e o povo acha que não)... então, se você tem esse caraminguá aí, resultado do malabarismo que todo brasileiro médio, que foi da picanha ao pé de galinha, passando silenciosamente pela abóbora, e está com  dificuldades para encontrar um desses planos de investimentos (que só dá ganhos mesmo aos banqueiros), eu tenho uma dica para você: invista em arroz. Eu, por exemplo, investi as minhas merrequinhas economizadas em arroz, que em maio deste ano acumulou cerca de 21% de aumento, após a tragédia do RS, como era de se esperar, nesta pocilga também chamada de Fazendão. Logo, o arroz deveria ser o assunto do momen...

SABIDURIA, N. II

A senhora Silva era do tipo mãezona preocupada. Quando o assunto era a família, sempre tinha um chazinho, um casaco, um conselho ou uma reza pra espinhela caída. Em relação ao banho da Josefa, a preguiçosa Zefinha... todo dia era o mesmo griteiro. - Zefinha, vê-si-toma-baindireitu! Lava bein essazureia, minina! Podi gastágua a zói qui naum vai secá u corgu, muleca! Vê-si-mi-lava esse tabacu direitu, hein?!!! Do fundo da rede, o senhor Silva resmunga: -  Tabacu... ah... tabacu!!! - U-qui-foi-omi? - Ess-noiti, sonhei cum sacu di tabacu! - I-u-meu-tava-nu-mei? - Naum, u seu era o sacu! - Seu zói, cafumangu! Apostu qui a tira qui-marrava-boca-du-sacu, era-ess-sua-rola-mucha! Cao Benassi

SABIDURIA

Depois de quase um mês na casa da mãe, a senhora Silva volta para sua a humilde casa na fazenda.  - I-comu-foi-lá, muié? - Ah, foi baum... ah si foi! Tudu-taum-diferenti! - I-comu-tá-a-pesti-du-seu-pai, queli-véi-da-brobônica? - Ara, num-falassim-di-pain! - Ah, sua famia é-toda-cheia-di-revestréis! Qui-curpa-tein-eu?! I-a-retardada-da-sua irmã?! - Retardada-é-sua-vó! Maninha teim um fiaum... taum lindaum! - Du-vi-de-ó-dó! Si-puxô-a-main... he-he... devi-sê-uma-briga-di-foice! - Ocê-respeita-maninha! U-mininu-é-bunitu-qui-só! Teligenti-di-mais! - Teligenti... quá?! Qui aprendi duzôtuinsiná? Issu-num-é-teligênça! - Intaum-u-qui-é? - Teligenti memé-um-canecu, que sem ninguéinsiná, fica-di-boca-prá-baixu, i num intorna! Cao Benassi