SABIDURIA, N. II

A senhora Silva era do tipo mãezona preocupada. Quando o assunto era a família, sempre tinha um chazinho, um casaco, um conselho ou uma reza pra espinhela caída. Em relação ao banho da Josefa, a preguiçosa Zefinha... todo dia era o mesmo griteiro.

- Zefinha, vê-si-toma-baindireitu! Lava bein essazureia, minina! Podi gastágua a zói qui naum vai secá u corgu, muleca! Vê-si-mi-lava esse tabacu direitu, hein?!!!

Do fundo da rede, o senhor Silva resmunga:

-  Tabacu... ah... tabacu!!!

- U-qui-foi-omi?

- Ess-noiti, sonhei cum sacu di tabacu!

- I-u-meu-tava-nu-mei?

- Naum, u seu era o sacu!

- Seu zói, cafumangu! Apostu qui a tira qui-marrava-boca-du-sacu, era-ess-sua-rola-mucha!


Cao Benassi

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