SUPREMO TABACAL FEDORAL
Na "Praça dos Democratas", os sinos badalavam. Não pela fé, mas pelo medo, obviamente. No palácio da Justiça, encravado no centro da Barnânia, togas negras decretavam o amanhã. A caneta, mais que espada, cortava destinos, silenciava vozes. Liberdade? Um eco longínquo, abafado por ruidosos decretos. Justiças tortas, rotas, sombrias, verdades censuradas. Ninguém ousava questionar, ou sumia. A lei que antes era escudo, virou algema. O povo, emudecido, via o sol nascer quadrado. Um suspiro coletivo, um grito bochornoso. E assim, sob a égide da lei, se ergueu a sombra.