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CONTEXTO - OPUS VI

ROUBO  Aquela noite estava muito quente, mesmo assim, fui procurar algo para comer. Entrei num bar, pedi um martini e um frango a passarinho. O drink foi entregue, mas a porção, não. Depois de muito esperar, pedi a conta e fui embora. Ao passar pela feira, resolvi comprar um caldo de costela com mandioca e enquanto esperava, vi um político rodeado de seus asseclas, espreitando e abordando suas vítimas, como um abutre sobre a carniça. Eu pedi ao Pai Oxalá para eles que não viessem falar comigo, mas: - Olá! Posso falar com o senhor? - Não! - Por que, o senhor não quer ouvir a nossa proposta: já tem candidato? - Não... é porquê não voto! - Por que, não?! O senhor não acredita na força do voto, na renovação e na representação popular… a mudança é possível por meio da melhor escolha! Temos uma proposta inovadora, quer ouvi-la? - Não! Tudo isso é uma perda de tempo! Ademais, suas mentiras não compram a minha esperança!    Um contículo de Cao Benassi

CONTEXTO (Opus IV)

GESTANDO MUNDOS - Oi querido, está tudo bem? - Na verdade, não está! - É... seu rostinho diz isso! O que está acontecendo? Quer falar... Talvez eu possa fazer algo por você! - Já está fazendo ao se interessar... - Sim, querido... Pode contar comigo sempre! - Gratidão! Eu estou muito cansado! - Compreendo! Muito trabalho, não é mesmo?! - Sim! Além disso, carrego o peso dos muitos mundos que existem dentro de mim, e que por causa da sobrecarga de trabalho, não consigo dá-los à luz!

CRONOGRAMA

CRONOGRAMA DE PUBLICAÇÕES  A partir de 10/2024 Primeira semana do mês:  1) Crônica da minha vida ou crônica do cotidiano 2) Contículo  Segunda semana do mês:  1) Poema  2) Contículo Terceira semana do mês:  1) Cronicazinha  2) Contículo Quarta semana do mês:  1) Texto filosófico da série PESAR 2) Contículo ou poema Publicações eventuais: Contos Crônicas Capítulos ou partes de novelas Capítulos de romance

DOIS CONTÍCULOS

  NADA É PERFEITO O pavão, diziam as demais aves do galinheiro, foi abençoado pela natureza. Alheias ao que se passava com o bonito, lindo, atraente, encantador, formoso, airoso, elegante, donairoso, harmonioso, gracioso, jeitoso, venusto, bem-feito, bem-acabado, bem-proporcionado, catita, caprichado membro galinhado daquele galinheiro. A bico miúdo, corria o diz-que-me-disse que o apolíneo pavinácio, viva-da-beleza e era assim metido, pois contara com a generosidade da mãe natureza, algo que não era uma recíproca para todo o galinhado. Mal sabiam, as aves do galinheiro, que quando estava só, o perfeito pavinácio, ao olhar o próprio pé, chorava! Cao Benassi SABEDORIA (Opus II) Mestre, em sua concepção, existe perfeição na manifestação? Sim e não, já que tudo que faz parte da manifestação, é dual! Mestre, o senhor poderia ser menos sintético? Sim claro. A manifestação se processa a partir da dualidade. Neste sentido, tudo o que é manifestado, o é por apresentar uma dualidade. O man...

SABIDURIA, N. II

A senhora Silva era do tipo mãezona preocupada. Quando o assunto era a família, sempre tinha um chazinho, um casaco, um conselho ou uma reza pra espinhela caída. Em relação ao banho da Josefa, a preguiçosa Zefinha... todo dia era o mesmo griteiro. - Zefinha, vê-si-toma-baindireitu! Lava bein essazureia, minina! Podi gastágua a zói qui naum vai secá u corgu, muleca! Vê-si-mi-lava esse tabacu direitu, hein?!!! Do fundo da rede, o senhor Silva resmunga: -  Tabacu... ah... tabacu!!! - U-qui-foi-omi? - Ess-noiti, sonhei cum sacu di tabacu! - I-u-meu-tava-nu-mei? - Naum, u seu era o sacu! - Seu zói, cafumangu! Apostu qui a tira qui-marrava-boca-du-sacu, era-ess-sua-rola-mucha! Cao Benassi