DOIS CONTÍCULOS
NADA É PERFEITO
O pavão, diziam as demais aves do galinheiro, foi abençoado pela natureza. Alheias ao que se passava com o bonito, lindo, atraente, encantador, formoso, airoso, elegante, donairoso, harmonioso, gracioso, jeitoso, venusto, bem-feito, bem-acabado, bem-proporcionado, catita, caprichado membro galinhado daquele galinheiro. A bico miúdo, corria o diz-que-me-disse que o apolíneo pavinácio, viva-da-beleza e era assim metido, pois contara com a generosidade da mãe natureza, algo que não era uma recíproca para todo o galinhado. Mal sabiam, as aves do galinheiro, que quando estava só, o perfeito pavinácio, ao olhar o próprio pé, chorava!
Cao Benassi
SABEDORIA (Opus II)
Mestre, em sua concepção, existe perfeição na manifestação?
Sim e não, já que tudo que faz parte da manifestação, é dual!
Mestre, o senhor poderia ser menos sintético?
Sim claro. A manifestação se processa a partir da dualidade. Neste sentido, tudo o que é manifestado, o é por apresentar uma dualidade. O manifestado, em seu aspecto Divino, em sua centelha, é perfeito, porém o elemento material não o é, pois está em evolução, ou seja, necessita expandir a consciência presente na centelha para se elevar e se tornar a máxima expressão do Divino na natureza.
O senhor pode dar um exemplo?
Sim! O pavão, do alto de sua beleza, que expressa harmonia e perfeição, ao olhar para o próprio pé, chora!
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