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AINDA ESPERO

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Nas frias tardes da minha vida Ainda espero o amor acontecer Minha alma ainda pulsa esquecida Extenuante solidão insiste em viver Sou a cadeira empoeirada na varanda Esperando brisa intensa do alvorecer Sou voz emudecida desta ciranda E o suspiro agonizante do entardecer A minha pele febril ainda anseia Pelas fortes mãos que a venha despir E loucamente a minha boca deseja O amor que meu peito com tensão faça abrir Que lentamente a minha carne rasgue Que me tire o fôlego e que me deixe inerte Que o meu nome, ansiosamente grite Que procure a minha alma e assim a deseje Mas ainda espero Um amor sincero Intenso, insano Que vá do sagrado Ao profano Que me diga Seus lábios Te amo Poema autoral de Cao Benassi Diretos autorais reservados caobenassi Nas frias tardes da minha vida Ainda espero o amor acontecer Minha alma ainda pulsa esquecida Extenuante solidão insiste em viver Sou a cadeira empoeirada na varanda Esperando brisa intensa do alvorecer Sou voz emudecida desta ciranda E o ...

E-MAILS PARA CARLIA MORTEZI

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 E-mail n. 1 - Sobre o amor Escolhi começar a publicação deste texto, no dia do meu aniversário de 45 anos, pois ele é muito significativo para mim. Ele surgiu das experiências vividas com minha mestra/amiga Marília Cortez, cujo nome em anagrama, o intitula. Onde você estiver no cosmo, mestra: receba como prova do meu grande amor e respeito por ti! A semente que você plantou no meio do espinheiro, hoje frutifica! Uma epístola de Cao Benassi Em homenagem à uma querida amiga e mestra  In memorian

PESAR, ANO 1, N. 10, OUT. 2024

  Outubro é o décimo mês do ano, no calendário gregoriano. A palavra outubro vem da palavra "octo", do latim que significa oito. Agora você querido leitor deve estar se perguntando: "como assim oito… se outubro é o décimo mês do ano?"  Eu vou explicar melhor. No antigo calendário romano, outubro ocupava a oitava posição, sendo, portanto, o oitavo mês do ano, por isso, "octo".  Esse antigo calendário foi alterado por Numa Pompílio e mais tarde, também foi alterado por Júlio César, sendo que o nome desse mês foi mantido. Porém as alterações fizeram com que o mês passasse para a décima posição.  No cristianismo católico, outubro é o mês dedicado à Virgem do Rosário e aos Anjos da Guarda. Já que estamos nos três últimos meses do ano e já falamos sobre o corpo físico, sobre o energético, sobre o emocional, iremos dedicar os três últimos números deste ano, ao nosso corpo mental concreto. Para começar a nossa reflexão, vou trazer uma afirmação que, além do nosso ...

PELOS BARBAS

  Barba, gosto de barba! Barba de cor castanha, Barba que irrita, que arranha, Barba, gosto de barba! Barba, gosto de barba! Barba que morde a orelha, Que ascende a minha centelha… Barba, gosto de barba! Barba, gosto de barba! Barba que despe a pele, Que meus segredos desvele  Barba, gosto de barba! Barba, gosto de barba! Barba que me rasgue a carne, Barba que a minha tenda arme… Barba, gosto de barba! Barba que a minha barba deseja Barba que a minha boca beija  Barba que a minha barba engrossa Barba que na minha barba, enrosca Um poema de Cao Benassi Direitos reservados ao autor

TESÃO

 TESÃO  Olhares se cruzam Olhos se olham Bocas se desejam Línguas salivam  Peles febris se tocam Peles se queimam Lábios ardentes se abrem  Línguas se tocam Olho que o olho, Olho olha! Boca que a boca, Boca deseja! Pele que a pele,  Pele queima! Língua que a língua, Língua molha! Poema de Cao Benassi  Direitos reservados

SALMO EM UM NINHO ESTRANHO

  Pelos arvoredos tchapacruzenses Passarinho solitário, eu me sento Para lamentar ao lembrar o antigo ninho   Quando na gaiola moço lindo Me trancou em cativeiro Nas tardes lânguidas uma canção  De mim se punha a exigir E agora? Como cantarei uma canção de amor  Em um ninho estranho?   Deixe que o silvo do meu bico entristecido E as meditações de um coração cativo  Sejam agradáveis aos teus ouvidos Aqui nesta noite   Pelos arvoredos tchapacruzenses Passarinho solitário, eu me sento Para lamentar ao lembrar o antigo ninho   Pelos arvoredos tchapacruzenses (Lágrimas escuras de Tchapecruz) Passarinho solitário, eu me sento (Cantem vocês a mim, suas canções) Assim eu choro (Cantemos juntos uma canção de amor) Ao lembrar o antigo ninho   Um poema de Cao Benassi 08/11/2018

PROMESSAS DE AMOR

Já que a vovózinha,  se cansou do seu crochê! E a sua mamãezinha,  dos bolos não quer mais saber! Já que você virou mulher  e a boneca abandonou! Já que até o caçador,  sua espingarda aposentou! Já que a vovózinha,  se encantou pelo caçador!  Diz que está apaixonada e que ele é seu grande amor! Venha ser minha chapeuzinho,  Que eu serei o seu lobão! E em sua cestinha, te darei meu coração! Um poema de Cao Benassi Direitos reservados ao autor

CONTOS DE TERREIRO N. 1

E SE FOSSE ASSIM? Desde a primeira vez, que o Yawô de Lufã foi ao terreiro, eu já sabia que ele traria tempos de renovação, grandes provações e vitórias nas mesmas proporções. Mas a maior supresa para todos no barracão, não seria o fato de que ele iria bolonar na primeira vez que pisou na roça. O interessante, é que a Madrinha Bitá, a Ebame de Lufã, há muito tempo não virava mais, devido aos graves problemas articulares. Neste dia, o Santo baixou, não só baixou, como dançou o seu xirê completo. Detalhe: na exata hora em que o Santo virou em Madrinha Bitá, o Yawô de Lufã bolonou. Meses depois, apesar de simples, dada as condições financeiras do Dofono do Oxalá, a roda da sua saída foi algo tão grandioso, em termos de axé, que dificilmente alguém do ilê irá se esquecer desse dia. A partir da sua iniciação, o dedicado Yawô ia periodicamente à roça, a fim de cumprir suas obrigações para com o seu Santo, e também estava sempre presente nas festividades e demais afazeres do terreiro. Muitas ...

CONTEXTO - OPUS VI

ROUBO  Aquela noite estava muito quente, mesmo assim, fui procurar algo para comer. Entrei num bar, pedi um martini e um frango a passarinho. O drink foi entregue, mas a porção, não. Depois de muito esperar, pedi a conta e fui embora. Ao passar pela feira, resolvi comprar um caldo de costela com mandioca e enquanto esperava, vi um político rodeado de seus asseclas, espreitando e abordando suas vítimas, como um abutre sobre a carniça. Eu pedi ao Pai Oxalá para eles que não viessem falar comigo, mas: - Olá! Posso falar com o senhor? - Não! - Por que, o senhor não quer ouvir a nossa proposta: já tem candidato? - Não... é porquê não voto! - Por que, não?! O senhor não acredita na força do voto, na renovação e na representação popular… a mudança é possível por meio da melhor escolha! Temos uma proposta inovadora, quer ouvi-la? - Não! Tudo isso é uma perda de tempo! Ademais, suas mentiras não compram a minha esperança!    Um contículo de Cao Benassi

A ARDILOSA RELAÇÃO ENTRE GOLPISTAS E REDES SOCIAIS

 FIQUE EXPERTO E PEGA VISAUM Imagino que quem está lendo minhas crônicas e acompanhando minhas divagações, esperava que eu fosse continuar as minhas lorotas sobre o meu estado de saúde em “Dor come: uma crônica da dor”. E sim, era essa a minha intenção. No entanto, alguns acontecimentos da vida cotidiana, me fizeram adiar esse dizer, para um outro dizer, que em sua arquitetônica, traz um aviso que quer dizer: cuidado! A arte imita a vida, sim e como! Posso dizer isso com muita certeza, afinal de contas, eu sou prova viva. Não tenho a pretensão de me arrogar o título de artista, pois sempre me considerei um artesão, em relação à música e à literatura. Quando foi lançado o Orkut, em 2004, ele foi uma novidade para todos os usuários do Messenger, sendo este, muito inovador na sua época. Como era esperado, o Orkut enterrou o Messenger, e de igual sorte, o cambaleante Facebook sepultou o Orkut. Salvo engano, só entrei no Orkut por causa da influência de amigas do cursinho pré-vestibular...