REPETIÇÃO: O PREÇO DO ESQUECIMENTO
Repetir, repetir e repetir de novo: a eterna repetição, é o preço que se paga pelo esquecimento.
Triste, n'é amiguinho… mas isso é uma lei da vida, que aliás, é cíclica, reiterativa, por isso pedagógica. Quando não aprendemos com as provações que a vida nos dá, estamos condenados a repetir os mesmos ciclos, sempre!
O amor venceu, mas custa caaaaaaaaaro! O amor venceu, e com ele venceu também a gastança sem limites (e sem licitação, diga-se de passagem)... venceu a falta de vergonha na cara… venceu também a falta de pudor na gestão pública…
É ministro que asfalta a fazendinha… é viagem de avião para cima e para baixo… é mobilia rebolada no cantinho escuro da má fama do governo anterior… é a mentira para iludir e trapacear… é devolução do dinheiro roubado do pagador de impostos aos ladrões… é censura… que não censura o ministro abusador, nem a ministra ladra de merenda escolar… enfim, é a volta da quadrilha à cena do crime para larapiar de novo.
Triste n'é amiguinho… calma que tem mais… pega o nariz de palhaço, pega a jujuba… meta-se naquele camisetão de candidato… e fique confortável, "puruquê" tem mais…
Já que o arrozão não rendeu o suficiente, a tragédia no RS não foi propícia para as toneladas de propinas visualizadas e taxar as "bruzinha" da Shein, foi pouco, alguém de alguma forma tem que pagar a vida nababesca desse amor vencedor?
Não, vencido e como está vencido… o cheiro é insuportável… carniça pura!
É… triste n'é amiguinho! Mas como eu disse, quem esquece: repete!
Eis que na calada da noite, a desgraça brasileira chamada "casa do povo," que de povo não tem nada, devendo ser renomeado para "covil de [piiiiiiiiii]", aprovou o confisco dos bens do povo… parece paradoxal, mas não é!
Isso mesmo que você leu! A medida consiste em surrupiar aquele pataquinho que você esqueceu no banco! Estima-se que existam 8 bilhões de Reais esquecidos por aí… e que na maioria das contas, o valor não chega a casa dos três dígitos.
Se você é um desses descerebrados e já pensou: "ah, está esquecido… se o governo está precisando, é justo que ele pegue", eu vou dizer para você, sua besta infame: pare de ler minha crônica, pois você é mais um desses que por ter se esquecido do que eles (os politiqueiros) fazem, nos condenou a repetir esse ciclo.
O ca-val-ga-du-ra, talvez você não tenha se dado conta, mas isso é roubo! Pergunto se isso acontece nos governos de países como a Suíça, por exemplo. O Brasil é uma pocilga de governos, repetidamente, corruptos e de gente igualmente corrupta.
Pois bem, a (des)medida que visa equilibrar o déficit (des)governamental, nada mais é, que a repetição de dois episódios, nos quais o estado virou o povo de costas, meteu-lhe a mão no bolso e lhe roubou, na cara dura, na mão grande, todos seus suados tostões furados.
O Fazendão é o país da piada pronta… mas também é o país do faz de conta; do eu finjo que trabalho e o povo finge que acredita; do rouba mas faz; da adoração de bandidos; da aposta dobrada no fracasso… é rir pra não chorar!
Voltemos a mil novecentos e pê-eme-derbista José Sarney e seu fatídico "Plano Cruzado"... triste governo Sarney, pura incompetência econômica, uma coisa inacreditável… o-go-ver-ni-nho-ru-im!
A Tupiniquilândia teve várias moedas e uma delas foi o Cruzado, resultado dos Planos Cruzados que se sucediam, inclusive, no desastre que foram. O tal plano começou até bem, congelou preços, reduziu a inflação, corrigiu salários e introduziu uma nova moeda. Mas acabou como um rotundo fracasso.
No início, a merda parecia não feder, isso porquê, com o congelamento de preços e o salário corrigido e estável, teve-se uma forte expansão do consumo que ocasionou, obviamente, no sumiço dos produtos das prateleiras mercantis.
Como nenhum congelamento de preços funciona em lugar nenhum do mundo, o fracasso foi iminente. Porém isso não foi tudo, amiguinho: tivemos algo que está meio "que" esquecido… esquecido, saca?!
O roubo descarado que o (des)governo fez, chamado de "empréstimo compulsório"!
Esse tal empréstimo compulsório consistia em pagar valores extras na compra de carros e de combustíveis, com a promessa de que o comprador seria ressarcido pelo (des)governo em algum momento futuro, que obviamente, nunca chegaria.
Tal medida visava controlar a expansão do consumo, limitá-lo e "corrigir o poder aquisitivo dos tupiniquilandeses"... oh coisa infame… ridícula, pra dizer o mínimo. Foi instituída pelo Decreto-lei n. 2.288 (que permitiu e legalizou o roubo), que previa a retenção de valores e sua remessa ao Fundo Nacional de Desenvolvimento.
Segundo o decreto do roubo compulsório, o dinheiro seria "recolhido" (palavra utilizada para esconder a verdadeira intenção que era a de roubar), de mil novecentos e sem vergonha até mil novecentos e falta de caráter, e em julho de mil novecentos e era tudo mentira, seria devolvido, algo que nunca chegou a acontecer.
De imposto compulsório… virou roubo compulsório, porquê, mesmo tendo uma verdadeira avalanche de processos, a maior parte das vítimas, vamos dar nome aos bois, nunca conseguiram receber suas marrequinhas de volta.
Como a vida é cíclica, reiterativa e pedagógica… eis que o tupiniquilandês se esqueceu e alguns anos depois… tcha-ram: a coisa piorou! Vieram as eleições em mil novecentos e foi uma furada e assumiu o Collor!
A Tupiniquilândia é mesmo uma tragédia grega! Nela, o umbigo desprega e escorre e o cesso cai da bunda…
Não bastasse o pê-eme-derbista Sarney, veio o Collor (e a [piiiii] da Zélia Cardoso) darem os seus dois centavos na roubança (essa palavra eu inventei agora… isso é uma mistura de roubo com lambança).
Bom… a (piiiiiiiiii) da Zélia Cardoso, coloiada com Antônio Candir e o comunista contumaz Ibrahim Eris fizeram um Plano chamado "Plano Brasil Novo" que ficou conhecido como "Plano Collor".
O plano consistia em várias (des)medidas, sendo a mais polêmica delas, o confisco das poupanças dos tupiniquilandeses. Isso porquê, nessa época, os investimentos no Fazendão não estavam tão desenvolvidos como hoje, então as pessoas aplicavam mais em poupanças.
Assim, de quem tinha mais que 50 mil Cruzados Novos, o (des)governo levou, na mão grande e na falta de brios, tudo o que excedia a esse valor, com a promessa que restituíriam em X tempos, algo que, novamente, não iria acontecer.
Muita gente ficou desesperada… muita gente se matou… outras tantas, tiveram ataque cardíaco! Imagine os tupiniquilandeses de baixa moral, amantes das posses, perdendo sua rica merrequinha?! Imagine quem tinha 1 milhão de patacos ficar só com 50 mil?
Devolver depois… bom, isso era promessa! Mesmo entrando com processo, as correções, as taxas, as conversões, o desgaste… fato é que 10, 20… 30 anos depois, ninguém tinha recebido nada… quem era velho, morreu sem ver a cor do suado cruzadinho…
Só para ter uma ideia de valores, esses 50 mil devem corresponder hoje a uns 15 mil bonouros! Muita gente perdeu tudo o que tinha…
Por incrível que pareça… esse tal plano teve apoio de parte da população, do congresso (é claro que os desavergonhados politiqueiros iriam apoiar, né… vai que sobrasse algum trocado para eles)... do judiciário, da mídia (é claro que esses apoiariam… "chapa branca" né). Uma coisa absolutamente cri-mi-no-sa!
É claro que isso não deu certo… daí fizeram o plano Collor 2, que redundou no mesmo fracasso… e a economia tupiniquilandesa só foi se acertar, de fato, no Plano Real.
Esse novo confisco que o Lula está fazendo, parece, e muito, com o roubo compulsório do salafrário do Saney e do sequestro poupalesco do descarado Collor… é um verdadeiro absurdo!
Mas… o (des)governo não pode fazer tudo? Se estiver na lei, não é legal? Aí é que está! Estamos acostumados a este estado burguês, socialista, inchado e gigante que pode tudo!
Infelizmente, o estado vai se consolidando com base em concepções filosóficas, tais como as de Rousseau, Hegel, do absolutismo, sem contar a ascensão do Banco Central, esse câncer que nos mata lentamente, além do fim do direito natural e do nascimento do positivismo, que nos lega a noção de que aquilo que está na lei, pode e está certo.
Num estado desse tipo, no qual a moral e os valores foram substituídos pelo crime, as tradições e o direito consuetudinário foram abandonados, ninguém se importa com o que é certo ou errado… foda-se o povo: vale a vontade de quem manda!
Nesses termos, o amor venceu e vale meter a mão no dinheiro do povo para bancar os convescotes, os compadrios e as camaradagens da caterva.
"Já que o dinheiro foi esquecido e tals…" não justifica o roubo, pois o problema é o princípio, não é?! Não está certo o estado vir e numa canetada se apropriar do que não lhe pertence e dizer "agora isso tudo é meu"!
"Ah, mais vai saldar o déficit do governo Lula"... a maneira correta de fazer isso, é cortar gastos e não roubar ainda mais a população. Não vejo ninguém no (des)governo se importando com o aumento dos gastos na administração pública!
Mas, afinal de contas, quem liga, n'é: "o amor venceu"!
Nem mesmo o Supremo liga… esse é outro que atua na base do princípio hegeliano, absolutista, positivista de merda: não importa a lei, importa a vontade de quem manda!
Só mais uma coisinha: apesar de individualmente eu não ter me esquecido, no coletivo, pago o preço social da repetição.
Uma crônica de Cao Benassi, em 14 de setembro de 2024.
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