PARA QUE SERVEM OS RETRATOS?
Eu desço desta minha solidão
Tendo olhos vazios, que nada veem
Meus devaneios leves, a me torturar
São velhos girassóis, do meu coração
São retratos inúteis,
Tempo que não está lá
Coração, corpo, inférteis
Tempo que não está lá
Olhar macio num escudo de cristal
Mente livre, passarinho quer voar
Não há desejos, não há interesses
E a alma está pendurada, num pedestal
Falsas formas de tempo
Que nunca... lá, estará
Sádica forma de reter o tempo
Que nunca... lá, estará
Tempo que não estará...
Tempo que não está lá!
São retratos inúteis...
São retratos inúteis!
Um poema de Cao Benassi
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